A Call to Action chega ao Porto nos próximos dias 26 de setembro e 4 de outubro para dois Workshops capazes de munir todas as organizações sem fins lucrativos interessadas, de ferramentas e ideias que farão das boas práticas em Angariação de Fundos uma realidade futura.
"Como angariar fundos junto de particulares." e "Como organizar um evento eficaz na angariação de fundos." são os temas propostos. O Impulso Positivo falou com Madalena da Cunha, responsável pela área de formação da Call to Action, para saber mais.
IP News: O que é que se pode esperar dos Workshops que irão decorrer no Porto nos próximos dias 26 de setembro e 4 de outubro?
Madalena da Cunha (MC): Os workshop Call to Action têm como objetivo dar formação sobre um tema específico de fundraising. Uma formação prática, que fomenta a partilha de experiências, que inclui trabalhos em grupo que desenvolvem o tema em causa. Mas tudo isto com uma base de “teoria” que vai dar a todos os participantes as melhores orientações para trabalhar da melhor forma a técnica em causa, e dessa forma potencia automaticamente os resultados da angariação de fundos.
Espera-se claramente que, no final do dia, os participantes saiam com dicas, técnicas e ideias para aplicar logo no dia a seguir.
IP News: Daquilo que têm podido constatar com a vossa experiência, o que é que é urgente as Organizações portuguesas entenderem em relação à Angariação de Fundos?
MC: Eu diria que 2 coisas:
1) Angariação de fundos é uma área muito maior do que atualmente pensam, e exige por isso saber tudo sobre o tema, conhecer as várias técnicas, estudar e aplicar na prática.
2) Angariar fundos exige um trabalho permanente e profissional, com um investimento mínimo para se conseguir ter o retorno desejado.
IP News: Qual é o erro mais frequente que constatam que as Organizações portuguesas cometem?
MC: Fazerem o que é mais comum na angariação de fundos em Portugal: pedir pontualmente, muitas vezes já em momentos de aflição e raramente com o objetivo de ter um donativo regular dessa pessoa. Para além disso, trabalha-se muito pouco a relação com as pessoas a quem se pede, porque se pensa nelas como quem vai dar naquele momento, e se esquece que se as envolvêssemos na missão da organização, conseguiríamos certamente ter alguém fidelizado à nossa causa. O resultado final é ter que andar sempre a pedir a pessoas diferentes e de forma muito urgente. A origem do problema é só uma : não haver planeamento.
IP News: Uma organização que se encontre numa situação crítica e sem praticamente experiência nenhuma no que diz respeito à Angariação de Fundos, deve começar por onde?
MC: Deve começar por vir às formações da Call to Action!
Deve começar por estudar o tema, perceber do que está a falar, perceber o potencial e começar por fazer um Plano de Angariação de Fundos que permita atingir os objetivos da Organização. Para isso, tem que investir no mínimo de formação, e que passa também por ler sobre o tema, comprar alguns livros (que infelizmente não há ainda em português), ir a seminários de fundraising, e aplicar na prática.
Se está num momento difícil em que tem que ter resultados rápidos, tem então que aplicar as técnicas adequadas, e para isso tem que planear também – saber onde está e como pode chegar onde quer chegar. No fundraising as várias técnicas respondem também a diferentes necessidade e é preciso saber disso e como fazer.
Uma das grandes vantagens deste tema do fundraising é que há já muito feito, fora de Portugal, com resultados provados e comprovados, e por isso apenas é necessário aplicar cá o mesmo… simples!
IP News: Angariar Fundos, não traz apenas mais recursos para as organizações. Que outras consequências "indiretas" podem advir da Angariação de Fundos?
MC: Angariar fundos tem impactos muito vastos para as Organizações em muitos pontos:
1. Na marca da organização, e sua imagem.
2. Na notoriedade da Missão da própria Organização.
3. Nos relacionamentos que se desenvolvem com todos os parceiros, doadores, e outros stakeholders.
4. No cumprimento da missão e atividade da Organização.
5. No criar de uma “família” alargada da Organização.
6. Na possibilidade da Organização crescer na sua missão.
Fonte: Enviado por lrodrigues em Qua, 18/09/2013 - 13:28 - Impulso Positivo