quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Atenta e preocupada com a crise do País no seu 23º aniversário

Exmo. Senhor
Director / Chefe de Redacção
Data: 2010-10-10

Exmos. Senhores.

Pelo presente solicitamos a V. Exa. a divulgação do texto abaixo indicado:

Atenta e preocupada com a crise do País no seu 23º aniversário Fundação
ADFP teve um bom  ano de 2010 e tem projectos para o futuro
No seu discurso de jantar do 23º aniversário da Fundação ADFP, em Miranda do Corvo, dia 6 de Novembro no Salão de Festas, perante mais de duas centenas de pessoas, o presidente do Conselho de Administração, Jaime Ramos, declarou que a instituição está atenta e preocupada com a crise económico-financeira do país, confirmou que o ano de 2010 foi bom e anunciou novos projectos para o futuro.
Jaime Ramos foi claro ao afirmar que “não podemos viver sem os apoios do Estado, já que 60% da receita é estatal” e que “estamos preocupados com a crise orçamental e económica do País, que nos pode trazer algumas dificuldades”. Após referir que muitos dos trabalhadores da Fundação “sentem que a nossa tabela salarial é baixa”, Jaime Ramos sublinhou, no entanto, a segurança e a estabilidade do emprego bem como o facto de os colaboradores saberem que o seu trabalho é útil aos outros. Depois, apelou ao “espírito de poupança dos trabalhadores em cada um dos serviços da instituição”, com o que se pode “conseguir manter os postos de trabalho apesar da crise” e deu a receita: “fazer bem com menos dinheiro”.
O presidente do Conselho de Administração da Fundação ADFP disse “acreditar que, mesmo com a crise, podemos continuar a desenvolver a instituição, para apoiar mais pessoas
e criar mais empregos”.
Ao sublinhar que “muita gente pode beneficiar das nossas actividades”, Jaime Ramos referiu a ajuda de pessoas da sociedade civil e de alguns empresários, que “representam um valor enorme”, citando o caso do empresário Carranca Redondo ( pai do Licor Beirão) já falecido que, há alguns anos, quando a ADFP “atravessava um período de dificuldades, “doou mais de dois mil e tal contos” em duas ocasiões.
No jantar encontravam-se presentes, Susana Redondo, que em 2009 ofereceu uma carrinha para o apoio domiciliário, e o empresário Isidoro Gomes da Silva, com a esposa e o filho António Gama, cuja empresa em breve procederá ao alcatroamento da área do Centro Social Comunitário, sempre alagada quando surgem os rigores de Invernos chuvosos.
Destaque também para a autarca mirandense, Fátima Ramos, que começou por salientar que a Fundação ADFP “é uma marca de bem fazer no concelho, região e país”, premiada nacional e internacionalmente, de cujo trabalho sente “um enorme orgulho”. Fátima Ramos agradeceu aos amigos da instituição, focou o “momento difícil” que o País atravessa, e reafirmou a esperança nos portugueses que, “quando se empenham, poupam e trabalham são óptimos  profissionais”.
O futuro da Fundação ADFP…e da Segurança Social
Foi de resto Fátima Ramos quem, dia 7, com Quirino São Miguel, vice-presidente da Fundação ADFP, no Senhor da Serra, descerrou a lápide comemorativa da conclusão das obras de remodelação da antiga escola local, agora transformada numa creche para 30 crianças, e cujos pavilhões serão no futuro um fórum sócio-ocupacional para doentes mentais. A creche situa-se ao lado da Residência Cristo Redentor, com capacidade para 60 pessoas, que se encontra em fase de acabamentos, integrando ambas o Centro Social do Senhor da Serra.
A construção de um hotel na Quinta da Paiva, junto ao Parque Biológico da Serra da Lousã, que no seu conjunto recebeu já 60 mil visitantes pagantes, e do Hospital dos vales do Ceira e Dueça, para além de um lar para doentes mentais no Centro Social Comunitário, são de resto alguns dos projectos que a Fundação ADFP já programou.
Numa das salas da nova creche, o Engº José Veludo, militante do PSD, antigo dirigente da UGT e ex-dirigente do sindicato da Função Pública, deu então a aula inaugural do novo ano lectivo da Universidade Sénior da instituição mirandense, sob o tema “Como financiar a Segurança Social”.
Após afirmar que o sistema da Segurança Social “não é sustentável e não tem nenhuma lógica”, José Veludo defendeu que ele “não tem nada a ver com muitas ou poucas pessoas” – em termos demográficos a população estagnou em 1997 – e salientou que “hoje, com o advento das novas tecnologias, informática e robotização, pode-se produzir muito mais riqueza com menos trabalhadores”.
Para José Veludo, o factor trabalho “vai ser cada vez menor na criação de riqueza” e deu o exemplo da Dinamarca, onde o IVA é de 25% para todos os produtos e os trabalhadores descontam 8%, o mesmo que as empresas, para a Segurança Social:”quem ganha com um IVA mais baixo são os mais ricos, e já que não se pode baixar a moeda, só temos mesmo o IVA, com o benefício de que os produtos importados ficariam mais caros, com a produção nacional a ganhar peso em relação ao estrangeiro”, afirmou.
Em tese, “aumentar o IVA garantiria a sustentabilidade da Segurança Social, caso se mude o financiamento para ligá-lo à produção de riqueza”, defendeu José Veludo, para quem, “se o mundo mudou, há que mudar o sistema fiscal, para que o dinheiro seja da sociedade e não apenas de alguns”.

Gratos pelo tratamento noticioso, apresentamos os melhores cumprimentos
O Presidente do Conselho de Administração
Jaime Ramos
Médico

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