sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Workshop: O Tráfico de Mulheres à Luz dos Feminismos

Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti, Universidade de Salamanca
23 de Fevereiro de 2011, 18.00, Sala de seminários (2º piso), CES-Coimbra
Resumo
Como é que a teoria encontra a prática n/do(s) feminismo(s)?
 
Para se compreender o problema do tráfico sexual de mulheres e o estado no qual grande parcela da população de mulheres vive, faz-se necessário referenciar dados como os da ONU(2004), segundo os quais cerca de 90 milhões de mulheres residem fora de seus países de origem, representando efetivamente quase a metade dos registros de migrantes internacionais do mundo (ZLOTNIK, 2003). Para o ano de 2006, a Organização Internacional do Trabalho – OIT - assinalou que mais de 2,4 milhões de trabalhadores forçados em todo o mundo foram vítimas diretas do Tráfico Internacional de Pessoas. Desse percentual, aproximadamente 43% das pessoas traficadas são usadas na exploração sexual comercial e geram lucros globais de mais de 31 bilhões de dólares por ano ao tráfico. Ainda para demonstrar esses mapeamentos, as Nações Unidas através de programas específicos no combate às Drogas e ao Crime – UNODC - indicaram para o mesmo período que o tráfico internacional de mulheres, crianças e adolescentes movimenta a cada ano entre US$ 7 bilhões e US$ 9 bilhões, ocupando o lugar de uma das atividades que mais rendem. A partir do cruzamento da leitura crítica da entrevista que Gayle Rubin concedeu a Judith Butler acerca dos momentos e movimentos feministas e da prática feminista nos estudos sobre o tráfico de mulheres, conforme realizado por Vanessa Cavalcanti, esta sessão pretende reconsiderar o diálogo teoria-prática no quesito feminismos.

Nota biográfica
Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti é pesquisadora da CAPES/Brasil e da Universidad de Salamanca/Fundación Carolina, Espanha. Doutora em Humanidades pela Universidade de Leon, Espanha, com pós-doutoramento na Universidade de Salamanca. Integrante do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Juventudes, Identidades, Cidadania e Cultura - NPEJI/UCSAL - e do Núcleo de Estudos de História Social da Cidade - PUC/SP.

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